O movimento de organização dos Dirigentes Municipais de Educação teve início em Recife, no ano de 1986. Os Dirigentes Municipais de Educação da Região Metropolitana de Recife, buscavam formar uma associação que se credenciasse diante das instâncias governamentais, em função de propostas que defendessem os interesses e a luta por uma educação pública de qualidade social como um direito de todos.
Em março de 1986, o coletivo dos Secretários de Educação promoveu o I Fórum Nacional de Dirigentes Metropolitanos de Educação, com o tema “Os Rumos da Educação Municipal”. O respectivo encontro reuniu mais de mil Dirigentes de Educação de Municípios brasileiros, formalizando a criação da UNDIME, com a finalidade de organizar todos os DMEs do país. A Carta de Recife expressa o compromisso dos participantes de liderar o processo de criação de entidades representativas nos seus respectivos Estados.
A partir de então, a UNDIME tornou-se um importante ator na formulação e implementação de políticas nacionais de Educação Básica, constituindo-se, por sua vez, em polo de incentivo à organização da UNDIME nos Estados.
Em Pernambuco, a articulação inicial ampliou-se e, em 29 de setembro de 1987, foi fundada a União dos Dirigentes Municipais de Educação de Pernambuco, na época, UDIMEPE.
Assim, a entidade legitimou-se como instância representativa dos Municípios nas decisões sobre políticas educacionais e em sua formulação, tanto na esfera do Executivo e do Legislativo quanto da sociedade civil e nas organizações não-governamentais.
Hoje, a entidade é interlocutora imprescindível junto ao MEC, às organizações de prefeitos, aos Conselhos Nacional e Estadual de Educação, à UNCME, ao CONSED, ao UNICEF, à Fundação Itaú, à UNESCO, ao Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública e tantas outras. Dessa forma, desenvolve uma luta incessante pela oferta à educação como um direito humano: Com garantia de acesso e permanência com sucesso para todos. Daí o papel desempenhado na mobilização pela aprovação do FUNDEB com a inclusão das creches, pela criação dos Conselhos Municipais de Educação, por uma política justa para o transporte escolar, pela busca de caminhos para o desenvolvimento da Educação no Campo, pela agilidade na elaboração do PAR, pela organização da Conferência Nacional de Educação e pela construção do Regime de Colaboração, sempre reafirmando a autonomia da educação municipal numa relação de parceria com os demais entes federados, como prevê a Constituição.